Blog do Cristiano

Muitas vezes, as pessoas que dizem ter perdoado uma ofensa recebida, só sustentarão o seu perdão se perceberem que o ofensor está manifestamente triste, desolado, cabisbaixo. É o que podemos chamar de “perdão condicional” ou “caridade disfarçada”. Por isso que o perdão verdadeiro, aquele onde o ofendido age como se nada tivesse acontecido, na maioria das vezes, só é possível com o passar de várias existências em relação consanguínea junto ao ofensor. É lógico que o infrator não deve sair dançando ragatanga ao cometer uma infração, mas, também, ele não deve se deixar abater pela culpa, pois o auto-perdão é tão importante quanto o perdão. É certo que quem erra deve se responsabilizar pelos seus erros, refletir sobre o mal feito e se esforçar por não errar mais naquele quesito, mas deve, também, reconhecer que errar, em nossa idade espiritual, é natural, razão mais que suficiente para erguer a cabeça e continuar em frente, sem deixar se abater pelas críticas que sempre se farão prese

Diante de cada erro cometido, faz-se necessário o exercício de cinco importantes virtudes: 1ª) HUMILDADE: Ao invés de tentar encontrar justificativas exteriores para os seus erros, seja humilde em admiti-los; 2º) ÉTICA: Ao errar (ainda que não-intencionalmente), peça perdão, mesmo que você tenha certeza de que o ofendido não irá perdoá-lo. Apenas faça a sua parte! 3º) RESPONSABILIDADE: O seu erro gerou prejuízo material a outrem? Compense-o. Impossível? Pratique o bem na comunidade, pois “o amor cobre uma multidão de pecados”; 4º) APRENDIZADO: Aproveite o erro para refletir qual imperfeição moral que o gerou, nos propósitos de corrigir, em si, aquela má inclinação; 5º) AUTO-PERDÃO: Espiritualmente, vivemos a fase da experimentação, alternando entre erros e acertos. Ainda não somos infalíveis! Perdoe-se, pois você ainda errará muitas vezes, “setenta vezes sete vezes”. Sábio não é quem não erra, mas quem aproveita a oportunidade de cada erro para desenvolver