Indulgência para com os pecadores



- Quem tem revolta no coração e rebeldia nos atos em razão do perfil moral e político de Bolsonaro, terá de reencarnar, muitas vezes, sob o governo de “Bolsonaros”, até aprender a ser indulgente;

- Quem tem revolta no coração e rebeldia nos atos em razão do perfil moral e político de Lula, terá de reencarnar, muitas vezes, sob o governo de “Lulas”, até aprender a ser indulgente;

- Quem tem revolta no coração e rebeldia nos atos em razão de ter de conviver lado a lado de bandidos e criminosos de toda ordem, terá de reencarnar, muitas vezes, lado a lado de bandido e criminosos de toda ordem, até aprender a ser indulgente.

Indulgência é um dos critérios da caridade da forma que Jesus a entende e todos sabemos que “fora da caridade não há salvação”, como bem nos alertou o apóstolo Paulo. Portanto, ninguém avança espiritualmente sem, antes, desenvolver indulgência no coração.

Todavia, muitos têm dúvidas em relação ao que é ser uma pessoa verdadeiramente indulgente. Indulgência é não colocar no mesmo “pacote” crime e criminoso, pecado e pecador. Indulgência é lutar com todas as forças contra o crime e, NA MESMA PROPORÇÃO, amar o criminoso. Não é fácil (e ninguém disse que seria!), mas podemos tomar nosso Mestre Jesus como referência, pois ninguém, na face da Terra, lutou tanto contra o crime quanto Jesus lutou, mas também ninguém amou tanto o criminoso quanto Jesus amou.

Jesus não sentou à mesa com publicanos e meretrizes porque aprovava a sua conduta, mas porque Ele jamais colocou, no mesmo “pacote”, pecado e pecador. Publicanos e meretrizes eram, na época, repugnados pela sociedade e apedrejados pelos conhecedores das Leis de Deus, como até hoje acontece.

Não, bandido bom não é o bandido morto. O que é bom ver morto é o crime e não o criminoso. Bandido bom é o bandido vivo, arrependido e convertido ao caminho do bem, independentemente da dificuldade que ele tenha em realizar essa transição.

Há uma forma de saber se já desenvolvemos, verdadeiramente, indulgência em nosso coração. Basta avaliarmos, quando um jornal noticia a morte de um bandido, se o nosso sentimento é de satisfação ou de pesar. Eis o melhor termômetro para avaliar a nossa própria indulgência!

Certa vez, Chico perguntou à Emmanuel o que é um criminoso e este lhe respondeu: “Criminoso é qualquer um de nós que foi descoberto”. Portanto, nenhum de nós tem autoridade moral pra julgar quem quer que seja. O Único que tinha, apenas nos abençoou.

Existe uma distância quilométrica entre ser “homem de bem” e ser bom de verdade. Talvez, por isso disse Jesus: “Muitos são os chamados, poucos os escolhidos”.

(Cristiano Abreu Paiva)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Poema de Lívia para Publius Lentulus na voz de Fagner

162 anos de Espiritismo na Terra