Espírita é cristão, estuda a bíblia e prega o Evangelho, sabia?


Vez ou outra, no afã de tentar refutar meu material literário, alguns irmãos religiosos, de coração perturbado, enviam-me trechos bíblicos ipsis litteris, como se eu estivesse contrariando, não o entendimento deles acerca das anotações bíblicas, mas a própria Bíblia. Para essa turma de irmãos desavisados, convém algumas considerações:

Assim como os pregadores católicos e evangélicos, eu, pregador espírita, sou igualmente cristão, tenho Jesus como o nosso excelso Salvador e tenho a Bíblia como base de estudo para a maioria das minhas pregações.

Após ler várias traduções bíblicas, elegi três para aprofundar os meus estudos: a Bíblia de Jerusalém, a de João Ferreira de Almeida (edição revista e corrigida) e a Bíblia do Peregrino (com preciosos apontamentos nas notas de rodapé). Sabendo identificar alguns truncamentos e alguns erros de tradução, de fato, o que está escrito na Bíblia não se questiona. O que é questionável é A FORMA COMO SE INTERPRETA AQUELES ESCRITOS.

(A forma de se interpretar é muito pessoal, pois não depende apenas de influência religiosa, de crença ou de capacidade intelectual, mas, sobretudo, de inteligência tácita, que é a capacidade que cada um tem de “extrair o espírito da letra”, ou, em se tratando de estudos bíblicos, a capacidade de ler a escritura divina em letras humanas. Quando este tipo de inteligência é sutil ou quase nulo, inevitavelmente, o estudioso se apegará ao sentido literal do que está escrito. Metaforicamente, seria o mesmo que descascar a banana, comer a casca e jogar a banana fora.)

Portanto, alerto aos irmãos desavisados: É absolutamente INÚTIL tentar refutar o meu material literário com base apenas nas anotações bíblicas, pois eu jamais discordarei de tais anotações. Talvez eu discorde da forma com que elas são interpretadas, mas o farei EM SILÊNCIO! Eu nunca tive, em tempo algum, o intuito de travar disputas teológicas ou interpretativas. Se tem uma coisa que eu prezo muito, é a opinião do outro, seja ela qual for.

Por fim, tenhamos em mente que o Criador não observa os rótulos religiosos da criatura, tampouco se preocupa com quem tem ou não razão. A maior preocupação de Deus é se estamos amando uns aos outros da forma que Jesus nos amou.

(Cristiano Abreu Paiva)

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